Alguns anos atrás, num flash de reportagem sobre a guerra, foi mostrado na tevê, um jovem soldado, num ermo, sentado sobre o seu capacete, cabeça baixa, apoiando o queixo numa das mãos, numa atitude pensativa, envolvido em um nostálgico pôr – do – sol, como se dissesse:___
O que estou eu fazendo aqui?...
E era Natal, com suas celebrações festivas e alegres!
E desde aí, nunca mais parei de pensar nessa imagem. Foi só um flash de reportagem sobre a guerra em algum lugar do mundo...
Mas, na mente de quem a viu, ela volta sempre com muitas perguntas.
Os homens brigam pela posse da terra, no entanto, os homens passam e a terra permanece...
E desde então, me fiz mãe daquele jovem soldado e o meu coração desejou buscá-lo, são e salvo, para o convívio de seus familiares. A Lembrança dessa imagem suscita muitas perguntas, muitas indagações. Será que ele sobreviveu e retornou ao seu país, e em que forma física; cheio de neuroses, medos, agressividades, mutilado e desmotivado para recomeçar sua vida, que nunca mais será a mesma?...
Teria sido melhor que ele nunca houvesse nascido... A guerra e seus horrores.
Maria Terezinha de Oliveira Leite.
76 Anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário